30.1.05

A poderosa

Sharon Stone arrecada US$ 1 mi para a África em Davos
da France Presse, de Davos, Suíça

A atriz norte-americana Sharon Stone conseguiu hoje, graças a uma improvisada arrecadação de fundos, reunir US$ 1 milhão em doações para a África entre os participantes do Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça).

Michel Euler/AP
Sharon Stone durante o Fórum Econômico de Davos
Sharon Stone durante o Fórum Econômico de Davos
Aproveitando o debate sobre como erradicar a pobreza no continente, Sharon Stone levantou-se, no meio da sala, para oferecer uma doação de US$ 10 mil.

A atriz desafiou as autoridades presentes, como o ministro britânico da Economia, Gordon Brown, e Bill Gates, o homem mais rico do mundo, a fazer o mesmo.

"Levantem-se, por favor, o presidente Mkapa precisa de ajuda", bradou, referindo-se a Benjamin Mkapa, chefe de Estado da Tanzânia, um dos países mais pobres do mundo.

Em seu discurso, a estrela de Hollywood convocou os presentes a se juntar ao seu grupo para ajudar o "presidente Mkapa hoje, porque é hoje que precisa-se de ajuda, porque as pessoas estão morrendo em seu país hoje".

"Simplesmente levante-se para que alguém anote seu nome e então devolverei o microfone", disse a atriz, explicando que o dinheiro arrecadado será destinado ao Fundo Mundial de Luta contra a Aids, a Malária e a Tuberculose.

A primeira pessoa não demorou a se levantar, seguida rapidamente pelas demais. Pouco depois, o senador americano Bill Frist encerrou o debate e anunciou que Sharon Stone conseguiu arrecadar US$ 1 milhão.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u49085.shtml

28.1.05

Flagrantes urbanos ao acaso. Uma casa abandonada no Humaitá, Rio de Janeiro.
Parece uma daquelas casas muito utilizadas em filmes brasileiros dos anos 60.
Linda... Posted by Hello


O que faz Sharon Stones em Davos? Estaria a blonde lady dando uma mãozinha no instinto básico do capitalismo? Posted by Hello

27.1.05

Alex em tarde chuvosa de verão

Nem Alexander, o grande fiasco de Oliver Stone, seria capaz de resistir a esse baby look de Jared Leto.

O público carioca uma vez mais em pleno exercício de sua grosseria: celular, muuuuuuuito barulho de papel, casais conversando, adolescentes lesados... Sem contar a homofobia explícita. É difícil.

Stone caprichou e fez um
drama-épico-familiar-edipiano-gay
-totalmente-beija-flor-de-nilópolis
-na-era-joãozinho-trinta.
Collin Farrell é muito canastra. Angelina Jolie parece fazer um tributo a Irene Papas falando inglês.

Chovia lá fora.

Auika!

14.1.05

Assim é se lhe parece


Como nos ensinou Pirandello, "Assim é, se lhe parece".
Um parte da cidade de mil partes respira os ares fashions, movida pela indústria da moda.
A governadora melhora de saúde e reaparece com seu ar jeca, seu marido jeca e sua política jeca.
Bipolares polarizam sob a lua nova.
Monopolares, também.
Só falta o carnaval. De leve.

9.1.05

O carioca "gentil"

O mito do carioca gentil, tão maravilhoso quanto a sua sempre maravilhosa cidade, é onipresente. No atacado, funciona. Como figurantes de um filme épico, andando sob o sol de Ipanema, domingo pela manhã, o carioca é senhor absoluto do sue mito. Ou numa feijoada num subúrbio da zona norte onde estaria a quintessência da carioquice. O problema é viver o carioca no varejo do cotidiano. A gentileza que transborda no estereótipo, é bem mais rara na vida real: no elevador do edifício sem nenhum “bom dia”, na briga pelo espaço na ciclovia da zona sul, na conversa durante o filme em cinemas pretensamente chiques da cidade...



Millor Fernandes não faz por menos:
“Tira de letra, o carioca, no futebol como na vida. Não é um conformista -- mas sabe que a vida é aqui e agora e que tristezas não pagam dívidas. Sem fundamental violência, a violência nele é tão rara que a expressão "botei pra quebrar" significa exatamente o contrário, que não botou pra quebrar coisa nenhuma, mas apenas "rasgou a fantasia", conseguiu uma profunda e alegre comunicação -- numa festa, numa reunião, num bate-coxa, num ato de amor ou de paixão -- e se divertiu às pampas. Sem falar que sua diversão é definitivamente coletiva, ligada à dos outros. Pois, ou está na rua, que é de todos, ou no recesso do lar, que, no Rio é sempre, em qualquer classe social, uma open-house, aberta sob o signo humanístico do "pode vir que a casa é sua". “ (http://www.almacarioca.com.br/cro05.htm)~

Fernando Sabino também dá sua contribuição ao mito do carioca boa praça:
“Carioca, como se sabe, é um estado de espírito: o de alguém que, tendo nascido em qualquer parte do Brasil (ou do mundo) mora no Rio de Janeiro e enche de vida as ruas da cidade.A começar pelos que fazem a melhor parte sua população, a gente do povo: porteiros, garçons, cabineiros, operários, mensageiros, sambistas, favelados. Ou simplesmente os que as notícias de jornal chamam populares: esses que se detêm horas e horas na rua, como se não tivessem mais o que fazer, apreciando um incidente qualquer, um camelô exibindo no chão a sua mercadoria, um propagandista fazendo mágicas. A improvisação é o seu forte, e irresistível a inclinação para fazer o que bem entende, na convicção de que no fim da certo — se não deu é porque não chegou ao fim. E contrariando todas as leis da ciência e as previsões históricas, acaba dando certo mesmo porque, como afirma ele, Deus é brasileiro — e sendo assim, muito possivelmente carioca.” (http://www.almacarioca.com.br/cro66.htm)

Como sujeito de crônicas, o carioca é imbatível, mas no exercício cotidiano de ser cidadão do Rio de Janeiro, essa unanimidade não resiste a pequenos gestos que tornam a vida mais fácil.

7.1.05



Arte ou não, a cidade respira diferente nos grafites que surgem ante aos nossos olhos não indiferentes. O muro ao lado está repleto de grafites. Fica em frente ao Parque Lage, no Rio, devidamente incorporado ao cenário do caos e da beleza da antiga Guanabara.
Estranhamente, o IBGE aborda o tema:

"Os antigos romanos tinham o costume de escrever manifestações de protesto com carvão nas paredes de suas construções. Tratavam-se de palavras proféticas, ordens comuns e outras formas de divulgação de leis e acontecimentos públicos. Alguns destes grafites ainda podem ser vistos nas catacumbas de Roma e em outros sítios arqueológicos espalhados pela Itália.

No século XX, mais precisamente no final da década de 60, jovens do Bronx, bairro de Nova Iorque (EUA), restabeleceram esta forma de arte usando tintas spray. Para muitos, o grafite surgiu de forma paralela ao hip hop - cultura de periferia, originária dos guetos americanos, que une o RAP (música muito mais falada do que cantada), o "break" (dança robotizada) e o grafite (arte plástica do movimento cultural). Nesse período, academias e escolas de arte começaram a entrar em crise e jovens artistas passaram a se interessar por novas linguagens. Com isso, teve início um movimento que dava crédito às manifestações artísticas fora dos espaços fechados e acadêmicos. A rua passou a ser o cenário perfeito para as pessoas manifestarem sua arte.

Os artistas do grafite, também chamados de "writers" (escritores), costumavam escrever seus próprios nomes em seus trabalhos ou chamar a atenção para problemas do governo ou questões sociais.
....


Muitas pessoas viam os trabalhos dos grafiteiros apenas como um amontoado de letras rabiscadas e sem nexo, ou como pura poluição visual e ato de vandalismo contra o patrimônio público.

Grande parte das críticas feitas contra a atividade se deve às inúmeras fachadas, monumentos, igrejas e todo um conjunto de locais pichados indiscriminadamente. Esse tipo de comportamento dos pichadores tem diversas conseqüências negativas para as cidades. Uma delas é a depredação de obras de arte e cenários históricos, o que causa prejuízo imediato ao turismo. Além do fato de estarem desrespeitando a privacidade das pessoas ao, por exemplo, fazerem pinturas em muros sem a autorização do seu proprietário. E muitas pichações estão relacionadas a conflitos entre grupos rivais.

Para reverter esses problemas e aproveitar o aspecto positivo dessas manifestações, atualmente os artistas do grafite são convidados a participarem de projetos que visam embelezar as cidades. Com isso, espera-se que as pessoas interessadas nessa atividade possam continuar expressando sua arte, mas sem causar prejuízos ao planejamento urbano.. "


http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/desenhista/grafite.html

5.1.05

Vida de Lula será filmada por Luiz Carlos Barreto

Depois de dois documentários, a vida do presidente Lula será contada agora em um longa-metragem, dirigido por Luiz Carlos Barreto, com estréia prevista para outubro de 2005. O filme será baseado no livro biográfico Lula, o filho do Brasil, escrito por Denise Paraná, que está encarregada do roteiro. No livro, a trajetória de Lula é retratada do nascimento até a fundação do PT, nos anos 80, pela mãe dele, dona Lindú. Em entrevista publicada no site da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, Denise diz que Barreto vai convidar Fernanda Montenegro para o papel. Para interpretar Lula ainda não há uma definição.

www.noolhar.com/diversaoarte/424625.html

3.1.05

Lua levinha, minguante e com a metade dos meus erros


























A foto do Bruce Weber é inspiradora. A leveza do ser levitante pode ser um bom princípio para 2005, mas também 2006, 2007, 2008... Afinal, chega de ano novo!
A lua finalmente mingua depois de todos os transbordamentos trágicos recentes.
Só mesmo uma lua altamente minguante para aguentar mais uma do cinema nacional:

Brasileiro pleiteia a invenção do cinema.
Dois anos após a primeira projeção dos irmãos Lumière, um brasileiro quis convencer o mundo de que era o inventor do cinema. José Roberto da Cunha Sales patenteou em 1897 como sua a invenção de projetar imagens em movimento, apresentando seqüência de cenas que não tinha nem um segundo (http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u48694.shtml)
Estava demorando o cinema nacional reivindicar a invenção do cinema.



Bastaram 48 horas para termos uma das dez melhores frases de 2005.

"Serra, desejo para você o dobro dos meus acertos e a metade dos meus erros"
(Tia Marta Suplicy)

Ainda faltam nove frases. Dessas, seis estão reservadas para Lula, uma para o filho de Dona Canô e outras duas serão disputadas a tapa por intelectuais do PSDB, PT, jornalistas bem aposentados e artistas desavisados.