20.11.10

O valioso tempo dos maduros

O valioso tempo dos maduros
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui
para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas..
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar
da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo
de secretário geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua
mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!



Mário Pinto de Andrade
Escritor e político angolano

14.11.10

A Rede Social



Título original:The Social Network
Duração:190 minutos
Direção:David Fincher
Ano: 2010

Jesse Eisenberg (Mark Zuckerberg)

Andrew Garfield (Eduardo Saverin)
Brenda Song (Christy Lee)
Justin Timberlake (Sean Parker)

Rooney Mara (Erica)

Joseph Mazzello (Dustin Moskovitz)

Malese Jow (Alice)


13.11.10

Helen



A Portrait of Depression
By JEANNETTE CATSOULIS
Published: July 29, 2010



Opening with a sobering quotation from Andrew Solomon’s 1998 confession of suicidal depression inThe New Yorker, “Helen” dives into this painful mental illness with sensitivity and grace.
As Helen, a successful music professor and contented wife and mother,Ashley Judd is, initially, gleamingly serene. But as the first ripples of sadness swell to a paralyzing crescendo of distress, she never loses her grip on a character that is unrelentingly embattled. Unable to communicate with her appalled husband (Goran Visnjic, tone perfect) and teenage daughter (Alexia Fast), Helen finds comfort only in the company of a self-destructive student (an excellent Lauren Lee Smith) who is struggling with her own psychological demons.
Drawing inspiration from the suicide of a childhood friend, the writer and director, Sandra Nettelbeck, orchestrates a story that somehow avoids punishing the audience as much as its heroine. Demanding patience but not blood, the film keenly conveys the profound isolation of mental illness and the futility of searching for someone, or something, to blame. In roles that could have devolved into arias of melodrama, the cast never overplays its hand, fighting the omnipresent melancholy in small ways rather than large.
Shot (by Michael Bertl) in the damp spaciousness of Vancouver, British Columbia, the film — from leafy exteriors to sterile hospital rooms — has a cool, unsettling beauty. If only depression were always this pretty.



Written and directed by Sandra Nettelbeck; director of photography, Michael Bertl; edited by Barry Egan; music by David Darling, score by Tim Despic; production designer, Linda Del Rosario; costumes by Bettina Helmi; produced by Kirk Shaw, Jens Meurer, Simon Fawcett, Chris Curling, Robbie Little, Larry Sugar, Andrew Spaulding and Doug Mankoff; released by E1 Entertainment. At the Quad Cinema, 34 West 13th Street, Greenwich Village. Running time: 1 hour 59 minutes.

WITH: Ashley Judd (Helen Leonard), Goran Visnjic (David Leonard), Lauren Lee Smith (Mathilda), Alexia Fast (Julie Leonard), Alberta Watson (Dr. Sherman) and Leah Cairns (Susanna).

http://movies.nytimes.com/2010/07/30/movies/30helen.html

11.11.10

Io sono l'amore


Realização: Luca Guadagnino

Interpretação: Tilda Swinton, Alba Rohrwacher, Edoardo Gabbriellini, Flavio Parenti, Pippo Delbono,

Argumento: Luca Guadagnino


9.11.10

november 9

November 9 is the 313th day of the year (314th in leap years) in the Gregorian calendar. There are 52 days remaining until the end of the year.

* 694 – Egica, a king of the Visigoths of Hispania, accuses Jews of aiding Muslims, sentencing all Jews to slavery.

* 1729 – Spain, France and Great Britain sign the Treaty of Seville.

* 1799 – Napoleon Bonaparte leads the Coup d'état of 18 Brumaire ending the Directory government, and becoming one of its three Consuls (Consulate Government).

* 1857 – The Atlantic founded in Boston.

* 1888 – Jack the Ripper kills Mary Jane Kelly, his last known victim.

* 1906 – Theodore Roosevelt is the first sitting President of the United States to make an official trip outside the country. He did so to inspect progress on the Panama Canal.

* 1921 – Albert Einstein is awarded the Nobel Prize in Physics for his work with the photoelectric effect.

* 1937 – Japanese troops take control of Shanghai, China.

* 1953 – Cambodia becomes independent from France.

* 1967 – First issue of Rolling Stone Magazine is published.

* 1989 – Cold War: Fall of the Berlin Wall. Communist-controlled East Germany opens checkpoints in the Berlin Wall allowing its citizens to travel to West Germany. This key event led to the eventual reunification of East and West Germany.

http://en.wikipedia.org/wiki/November_9

11/09/2009


A Fateful Date
November 9 Marks Highs and Lows in German History

By Christopher Lawton
Broken windows of a Jewish shop on the morning after a Nazi pogrom on Nov 9, 1938.
Zoom
ddp

Broken windows of a Jewish shop on the morning after a Nazi pogrom on Nov 9, 1938.

November 9 is a key date in Germany's chequered 20th century history. It isn't just the 20th anniversary of the opening of the Berlin Wall. On this day in 1938, Nazi Germany launched a pogrom against its Jewish population in which more than 1,300 people died. SPIEGEL ONLINE looks at three events that occurred on this fateful date before 1989.

Berlin is staging a massive public festival on Monday to celebrate the 20th anniversary of the fall of the Berlin Wall on November 9, 1989, the event that heralded the end of communism in Europe and the unification of Germany.

But November 9 is also the 71st anniversary of Reichskristallnacht, a nationwide Nazi pogrom against Jews in 1938. Two other historical events fell on that date in 1918 and 1923 respectively -- the German Revolution that removed the monarchy, and a failed coup attempt by Adolf Hitler in 1923 known as the Beer Hall Putsch.


http://www.spiegel.de/international/germany/0,1518,660206,00.html

Giorni e nuvole

image

Director: Silvio Soldin
Margherita Buy ... Elsa
Antonio Albanese ... Michele
Giuseppe Battiston ... Vito
Alba Rohrwacher ... Alice


7.11.10

Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme




Director: Oliver Stone
Writers: Allan Loeb, Stephen Schiff, and 2 more credits »
Stars: Shia LaBeouf, Michael Douglas and Carey Mulligan
Release Date: 24 September 2010

http://www.imdb.com/title/tt1027718/


6.11.10

Oguntê, Marabô, Caiala e Sobá, Oloxum, Ynaê, Janaina e Yemanjá

, Janaina e YemanjáEla mora no mar, ela brinca na areia, no balanço das ondas

Direção: Neil Jordan

Elenco: Colin Farrell, Alicja Bachleda, Dervla Kirwan, Stephen Rea, Don Wycherley, Emil Hostina.
Irlanda, 2009

Laerte, o homem do ano


Programa Metrópolis da TV Cultura



http://bit.ly/c9r8Ev

Há quase duas décadas Laerte Coutinho faz parte da rotina de milhares de brasileiros. Graças às suas tiras, publicadas diariamente em quatro jornais brasileiros - entre eles a Folha de S.Paulo -, e aos quadrinhos lançados em formato de livros, o cartunista é apontado por público e pela classe artística como um gênio do estilo - título que ele indubitavelmente refuta.

Apesar de ter lançado recentemente a HQ "Muchacha" (Companhia das Letras), história sobre uma série dos anos 1950 e suas reviravoltas que foi definida pelo autor como um "graphic-folhetim", Laerte tem chamado a atenção da mídia nos últimos anos pelo abandono de seus personagens e pela prática do crossdressing, que em resumo consiste em vestir-se com roupas femininas.

Em entrevista ao iG, o cartunista falou sobre a obrigatoriedade de produzir uma tira diária e a maneira como encara a alcunha de gênio - isso, é claro, em meio a diversos questionamentos sobre a onda crossdresser, definido pelo próprio como uma “forma de contestar o parâmetro de gênero" e que ele adota há algum tempo.

iG: Você não cansa de ter de explicar ou mesmo justificar o estilo crossdresser?
Laerte: Não. Se as pessoas estão perguntando é porque alguma preocupação existe e eu acho que é legítima, por isso não tenho problema em responder o que me perguntarem.

iG: Tenho a impressão de que o crossdressing é mais desafiador diante da sociedade do que um homossexual ou um travesti - me parece que as pessoas têm uma enorme dificuldade de entendê-lo.
Laerte: Eu tenho essa impressão também. Não tenho certeza absoluta, mas também tenho essa impressão. Os homossexuais também acham estranho que um travesti não seja necessariamente homossexual. O crossdressing é uma designação completamente social, uma convenção de um preconceito.

iG: Talvez porque a população já assimilou que um travesti é um homem homossexual, muitas vezes se prostituindo.
Larte: O crossdresser é um travesti de classe média.

iG: Você acha que, por ser uma pessoa pública, outros crossdressers podem esperar um papel de porta-voz diante da mídia?
Larte: Nunca me falaram, não. Ultimamente eu tenho visto, porque faço parte de um clube de crossdressers, o Brazilian Crossdressers Club (BCC) - em inglês mesmo, quanto eu entrei já era assim (risos) -, que tem aparecido bastante coisa na imprensa. Talvez seja o momento dessa preocupação. No meu caso apareceu a entrevista da revista "Bravo", depois algumas outras, mas esse fluxo de busca de informação sobre crossdresser e travesti não é só comigo não.

iG: Em suas últimas entrevistas, você comentou um certo desconforto em relação ao seu trabalho como cartunista. Em todos esses anos você já se sentiu prisioneiro das suas tiras ou da obrigatoriedade de manter uma produção diária?
Laerte: Sim, da obrigatoriedade e também de desenhar de um certo modo. Tanto é que o que eu tenho feito é em sentido de modificar o modo, já que a obrigatoriedade corresponde à minha necessidade de ganhar dinheiro. O problema é o modo de expressão e o que eu digo com o traço.

iG: Em recentes entrevistas, você disse que aos poucos abandonou seus personagens. A convivência com eles tornou-se desinteressante a ponto de não querer mais trabalhar com personagens fixos?
Larte: A convivência, quer dizer, a coisa toda me pareceu um ciclo completado, e eu não sei, me cansa um pouco de ficar insistindo com algo que já deu o ciclo que tinha que dar.

iG: De todos eles o único que você manteve ativo foi o Hugo. Por quê?
Larte: Tem a ver com a “travestividade”, uma coisa que estou vivenciando, e eu mantive meio na marra, eu forcei essa existência - de forma natural eu não faria isso. Forcei por ser uma forma de refletir, como para mim a atividade de me travestir é uma coisa nova e misteriosa, e também cheia de informação que não tenho (risos); eu uso o Hugo para fazer essa prospecção.

iG: Apesar de apontado por muitos cartunistas como gênio - inclusive pela amigo Angeli em sua última entrevista à revista "Trip" - você parece não gostar do título. Por quê?
Larte: Eu não sou um gênio. Eu tenho um conceito de gênio que é diferente. Gênio pra mim é uma coisa que beira o inexplicável. E eu não tenho nada de inexplicável. Qualquer dimensão minha é bastante explicável, clara. Inexplicável é o Caetano Veloso, de onde vem as coisas, como funciona a cabeça dele, ou o Millôr Fernandes... Essas pessoas pra mim são gênios.

iG: Mas se compararmos aos outros de sua geração, você sempre empurrou o leitor para novos campos, enquanto outros permaneceram em suas áreas de segurança. Isso talvez justifique a alcunha de gênio - você arrisca.
Larte: Talvez seja isso, para você parece isso? Bom, não sei o que te dizer, é uma impressão de leitor. Eu de fato procuro zonas novas, tenho feito esse tipo de busca.

iG: Se não tivesse a necessidade de pagar as contas e pudesse parar de fazer tiras, você parava?
Larte: (risos) Eu prefiro responder essa pergunta em cima de uma proposta concreta. É uma pergunta estranha.

iG: Existe algum trabalho na área de quadrinhos que chama sua atenção atualmente? Algum artista ou tira que você avalia bem?
Larte: Ah sim, muitos, incluindo meu filho [Rafael Coutinho, autor de "Cachalote"]. Gente que está na mesma batida que ele, o Rafael Grampá, o Fábio Moon e o Gabriel Bá... Moçada nova, como a do "Beleléu"... eu tenho visto, não cesso de ver novidade e fico muito bem impressionado, muito satisfeito. Já houve momentos de a gente ensaiar alguns trabalhos juntos, e mesmo acontecendo muita coisa até agora, acho que estamos próximos disso.

Veja algumas fotos do Laerte praticando o crossdressing:

Clique nas imagens para ampliar

Crossdresser: Laerte em carne, osso e minissaiaCrossdresser: Laerte em carne, osso e minissaiaCrossdresser: Laerte em carne, osso e minissaiaCrossdresser: Laerte em carne, osso e minissaiaCrossdresser: Laerte em carne, osso e minissaiaCrossdresser: Laerte em carne, osso e minissaiaCrossdresser: Laerte em carne, osso e minissaiaCrossdresser: Laerte em carne, osso e minissaia
Muriel, personagem crossdresser de Laerte Coutinho:

Crossdresser Muriel, personagem crossdresser de Laerte Coutinho

Fonte Entrevista no IG publicada em http://diariocrossdresser.blogspot.com/