7.12.14

Cabaret. De novo.



Cabaret é um dos filmes da minha vida. Assisti aos 16 anos e ali encontrei algumas referências que me são fundamentais até hoje. Vi dezenas de vezes. Li o Christopher Isherwood e assisti três vezes à peça de John Van Druten com as musicas magníficas de John Kander e Fred Ebb .
Nos anos 80, em Paris, vi Ute Lemper fazendo um Sally Bowles memorável, apesar da inesquecível interpretação de Liza Minelli no cinema. Natasha Richardson e Jane Horrocks, em montagens posteriores, também foram muito elogiadas pelas suas Sally Bowles. No fim dos anos 90, vi uma montagem na Broadway. Boa, apenas boa. 
A montagem brasileira, com Claudia Raia, depois que vi parcialmente num programa de TV, achei melhor nem passar perto.
Semana passada assisti a mais uma montagem de Cabaret, novamente no Studio 54, como nos anos 90. Emma Stone, uma boa atriz de cinema, substituindo Michelle Williams na atual montagem, definitivamente não consegue dar conta da personagem Sally Bowles. Porém, retomando o personagem que fez em montagem dos anos 90 e lhe garantiu um Tony, o ator Alan Cumming arrasa como o fantástico mestre de cerimônias que em nada deve à intepretação de Joel Grey no cinema. É dono absoluto do espetáculo.