2.1.15

Paciência



 “Já não tenho paciência para algumas coisas, não porque me tenha tornado arrogante, mas simplesmente porque cheguei a um ponto da minha vida em que não me apetece perder mais tempo com aquilo que me desagrada ou fere. Já não tenho pachorra para cinismo, críticas em excesso e exigências de qualquer natureza.
Perdi a vontade de agradar a quem não agrado, de amar quem não me ama, de sorrir para quem quer retirar-me o sorriso. Já não dedico um minuto que seja a quem me mente ou quer manipular. Decidi não conviver mais com pretensiosismo, hipocrisia, desonestidade e elogios baratos. Já não consigo tolerar eruditismo selectivo e altivez académica.
Não compactuo mais com bairrismo ou coscuvilhice. Não suporto conflitos e comparações. Acredito num mundo de opostos e por isso evito pessoas de carácter rígido e inflexível. Desagrada-me a falta de lealdade e a traição. Não lido nada bem com quem não sabe elogiar ou incentivar. Os exageros aborrecem-me e tenho dificuldade em aceitar quem não gosta de animais. E acima de tudo já não tenho paciência nenhuma para quem não merece a minha paciência.”

José Micard Teixeira

Tilda



Ficção-científica não é meu gênero preferido no cinema, mas Snowpiercer está acima da média. Na dúvida, achei impossível evitar um filme com John Hurt, Ed Harris, Chris Evans, Jamie Bell, Octavia Spencer e... Tilda Swinton? O filme é visualmente lindo, um desenho de produção excelente e um argumento bem sustentado. O melhor de tudo, porém, é Tilda Swinton, no papel da autoritária Ministra Mason (originalmente escrito para um ator) com um leve toque de Margaret Thatcher. Só Tilda já valeria o filme. Como se não bastasse a incrível performance dela como Madame D. em Grand Hotel Budapest, La Swinton arrasa novamente. Deveria receber duas indicações e levar mais um Oscar pra casa.


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Elaine Stritch.

Elaine Stritch. "I find it easier to abstain than do a little bit of anything. I'm not a 'little bit' kind of dame. I want it all, whatever I do."
Elaine Stritch. "I find it easier to abstain than do a little bit of anything. I'm not a 'little bit' kind of dame. I want it all, whatever I do."



Tallulah

 


Tallulah, tomando champagne no sapato, antes ou depois de algum entrevero com Bette Davis ?


Batman

Natal

- Então, gostou do Natal na casa de Zeny?
- Gostei, né? Agora, aquela rabanada...
- Pois é. Zeny nunca sabe a medida das coisas. Aquela farofa tava salgada.
- Bom, eu tô tranquila porque eu fiz o meu melhor.

Marlene Dietrich

Marlene Dietrich at Edith Piaf’s funeral. 1963.


Marlene Dietrich at Edith Piaf’s funeral. 1963.

Silvana Mangano

Poderia ser só Silvana Mangano. Ela era uma obra de arte.

Virna Lisi



Uma lágrima para Virna Lisi. Era tão linda que nem sempre o seu talento ficava evidente. Porém, fez bons filmes numa carreira com altos e baixos. Brilhou especialmente como Catherine de Medici em La Reine Margot (1994), pelo qual ganhou o César e o prêmio de melhor atriz em Cannes.

Margo Channing



Margo Channing: "Nice speech, Eve. But I wouldn't worry too much about your heart. You can always put that award where your heart ought to be."

Olive Kitteridge



A dica foi da Joailce Azevedo. .
Corri atrás e encontrei os 4 episódios da minissérie "Olive Kitteridge" no Now da Net . Não consegui mais parar de ver. Qualquer coisa com Frances McDormand eu vejo. E como ela não é de fazer "qualquer coisa"...
McDormand interpreta Olive Kitteridge, uma professora de matemática numa cidadezinha no Maine. Olive é uma mulher dura, antipática, extremamennte inteligente, implacável com ela mesma e o resto do mundo. E profundamente humana. Uma personagem complexa que não suscita nenhuma empatia, refinadamente construída na interpretação de Frances McDormand, uma das produtoras da minissérie.
O roteiro é muito bom, baseado no romance do mesmo nome, de Elizabeth Strout, vencedor do Pullitzer de ficção em 2008. Além de McDormand, a minissérie conta com Richard Jenkins, Bill Murray e Peter Mullan, três atores da melhor qualidade. Jenkins me impressiona sempre, desde que o vi fazendo Nathaniel, o patriarca da família de Six Feet Under. Mullan faz parte da fina flor dos atores e diretores de cinema do Reino Unido. Ganhou o Leão de Ouro por The Magdalene Sisters, um filme que toca nas feridas da Igreja Católica na Irlanda. E Bill Murray é Bill Murray. Junte tudo isso e uma fotografia de primeira sob a direção cuidadosa de Lisa Cholodenko e temos mais um exemplo de "cinema" para a TV de alta qualidade. Vale conferir. Aos incautos: é "cinema" para adultos.


True Detective



Que as séries e filmes de TV - especialmente as dos Estados Unidos e Inglaterra - vem dando de 3 a zero no cinema, muita gente já sabe. Suécia e Dinamarca também têm produzido séries de alta qualidade. Temas os mais diversos tem recebido sido contempladas na TV com uma profundidade que o cinema comercial pouco acolhe atualmente. O fenômeno não é tão recente. Várias interpretações tentam dar conta desses deslocamentos nos territórios do cinema e da TV. Vou me abster de comentá-las.
Isso tudo foi apenas para comentar que assisti a primeira temporada de True Detective, série da HBO, lançada este ano, criada por Nic Pizzolatto e dirigida por Cary Joji Fukunaga. Altíssimo nível, do roteiro à fotografia.
Matthew McConaughey e Woody Harrelson arrasadores como protagonistas.
McConaughey é, sem dúvida, um dos maiores atores da sua geração. A sua interpretação do fascinante detetive Rustin Spencer "Rust" Cohle é memorável, ainda mais contundente que o seu papel em Clube de Compras Dallas, que lhe deu o Oscar de melhor ator em 2014. True Detective é imperdível.


Facebook


Acho que o facebook tornou-se uma mistura de reality show com fotonovela Sétimo Céu. O problema é que bons atores, no caso, são raros. Atentem para a ficha técnica ...



Carmem