24.11.13

Intolerância zero

20/11

Aí você passa na Torta e Cia., na Cobal do Humaitá, para cometer um ato totalmente reprovável: comer um chocobaba, uma verdadeira prova da existência de Deus. O lugar está cheio, mas vejo uma jovem de classe média, tipicamente carioca, de uns 22 anos, sentada sozinha com quatro lugares vazios. Pergunto se posso sentar-me. Ela sorri e diz que está esperando por mais pessoas.

Vou para a área externa – calor insuportável – comer meu chocobaba e ler o jornal. Vinte minutos depois, verifico que a jovem continua sozinha. Levanto-me para pagar a conta e não resisto. Falo para a jovem: “você mobilizou 3 cadeiras deste lugar pequeno, supostamente esperando pessoas que, claro, não chegaram. Isso se chama falta de civilidade.”

Pago a conta e, ao sair, ela me diz boa noite com um ar sorridente cínico. Não resisti: “espero que você tenha também uma boa noite, de preferência para pensar no tipo de pessoa que você é...” Ela insiste com ar irônico: “Boa noite”. Eu respondo: “Boa noite. E quando acordar, tente pensar porque você é tão mal educada. Claro que não vai se dar conta... mas vai tentando. Quem sabe um dia você descobre”.

Não é possível generalizar, mas este tipo de situação e outras que evidenciam um baixo nível de urbanidade, é a cara de uma certa parcela da população do Rio de Janeiro.